Homenagem Ao Reporter Muntadar Al-Zaide

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sim Nós Existimos E Até Revolução Fizemos


Em homenagem ao mais novo integrante do blog, o Camarada Alisson, escreverei sobre uma terra muito distante, para muitos, apenas uma lenda. O Acre.

Sim o Acre existe, e tem uma importância gigante, não só para o Brasil, como para a soberania da América do Sul.



Nessa terra com apenas 300 mil habitantes, onde apenas vinte por cento da população fala português, tem muita historia.



O Acre é uma região que faz divisa com o Peru e Bolívia, era abandonada e por volta do fim do século XIX nordestinos vão para a região, principalmente cearenses, para atuarem como seringueiros, em uma terra até então boliviana, segundo o tratado de Ayacucho firmado em 1867.



Em 1897 a Bolívia reivindica esse território rico em látex, e totalmente ocupado por brasileiros. O Peru segue o mesmo caminho reivindicando terras na região. Foi quando se iniciou a defesa da terra por brasileiros, a principio, o acre passou ao status de território independente (porém só foi reconhecido pelo Brasil)



Mas muitos se perguntam o por que do interesse repentino por parte da Bolívia por esta região. Por trás do interesse do Estado Boliviano estava a Companhia Bolivian Syndicate, empresa Anglo-estadunidense, mais adiante foi, descoberto até um acordo no qual ficava estabelecido apoio estadunidense á Bolívia em caso de uma eventual guerra.



Verdade seja dita que pelo lado do Brasil também não haviam santos, apesar de muitos brasileiros terem participado da defesa da região, ela foi feita mesmo pela oligarquia acreana comandada pelo gaúcho Plácido De Castro, e pelo governador do Amazonas querendo uma possível anexação ao seu território



O governo do Amazonas organizou a expedição Floriano Peixoto, mais conhecida como “Expedição Dos Poetas”, porque haviam muitos boêmios. Foram derrotados pelos bolivianos em 1900, foi quando Plácido De Castro entrou em cena (1901) quando a Bolívia declara o território do Acre arrendado á Bolive Sindicate, que o defendia militarmente. Já em agosto de 1902 começa a batalha vencida em janeiro de 1903, quando tomaram Puerto Alonso e a transformaram em Porto Acre, foi firmado o tratado de Petrópolis pelo Barão do Rio Branco e Assis. O Acre passa a ser território brasileiro e a Bolívia adquire alguns territórios brasileiros no Mato Grosso mais 2 milhões de libras esterlinas e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, ligando os rios Mamoré (em Guajará-Mirim RO, na fronteira Brasil-Bolívia) e o Madeira (afluente do rio Amazonas, que corta a cidade de Porto Velho, Rondônia) Bem definido, o Acre é do Brasil.



Agora outra briga, os acreanos eram praticamente cidadão de segunda linha no país, pois Acre não era um estado e sim território onde o Brasil cobrava impostos tão altos que o dinheiro pago a Bolívia foi resgatado em cinco anos, sem investir um centavo no Acre.
Muitos queriam que o Acre fosse anexado ao Amazonas. Isso seria terrível,
pois, acabaria sendo uma região esquecida e sem uma representatividade política,
porém só em 1934 o Acre ganha o direito a ter dois deputados federais, mas apenas
em 1962 com João Goulart, o Acre passa a ser uma unidade federal, com os mesmos
direito e deveres.



A luta acreana pode não ter sido feita pelo povo, e mesmo por razões nobres, porém
é com toda a tranqüilidade que digo: Foi muito importante não só para o Brasil,
como também para a América, pois imaginem se os yankees conseguem fazer o que
fizeram na Colômbia por exemplo que separou o território do Panamá só para serem
donos do canal do Panamá, imaginem um território dos estadunidenses onde está Acre hoje,no meio da floresta amazônica, isso seria desastroso. Por isso hoje em Rio Branco,capital do Acre, há a Praça da Revolução Plácido de Castro, de 11 mil metros
quadrados e uma estatua de Plácido de Castro, também há uma cidade com seu nome. Outras duas figuras importantes homenageadas são: Barão do Rio Branco e Assis Brasil (cidade Assis Brasil e a capital Rio Branco) esses dois foram aqueles que assinaram o tratado de Petrópolis.

2 comentários:

Vakon disse...

O Acre é um primor. A produção intelectual de lá, os projetos envolvendo a educação ambiental são um exemplo que TODOS os demais acadêmicos deveriam seguir. Sem falar em nomes: O Rio Branco e o Assis Brasil já citados, a Marina Silva, o Tião Viana e o eterno Chico Mendes.

Júlia Corrêa disse...

Eu acho que o companheiro Lula deveria se reunir com o Presidente da Bolivia Evo Morales e dizer a ele que o acordo entre os dois países não foi vantajoso pro Brasil. O cavalo dado em troca do Acre era de excelente qualidade, queremos o cavalo de volta.





PS: Isso é brincadeira, que nenhum acriano se sinta ofendido.