Homenagem Ao Reporter Muntadar Al-Zaide

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O "Golpe Hondurenho"




Olá camaradas. Sou o mais novo "intransigível", portanto, farei questão de me apresentar. Me Chamo Allison, tenho 19 anos, sou da cidade de Taubaté, interior de São Paulo. Atualmente moro em Limeira, também interior de SP, onde estudo. Estou no 1º ano da faculdade de GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, na UNICAMP.
Após algumas lidas nos posts anteriores, em sua maioria de uma utilidade impar e verdade inquestionável, senti falta de algum tópico comentando sobre o golpe ocorrido em Honduras no dia 28 de junho. Tal fato ganhou uma repercusão muito grande na imprensa mundial, primeiro por trazer a tona velhas (e não saudosas) lembranças da América Latina do século XX. E em segundo Lugar, por se tratar de um golpe em plena área de maior influência dos EUA, a América Central.
Que esses são os fatos que levaram a tamanha repercussão do golpe, não temos como questionar. O problema é que a mídia brasileira (diga-se, especialmente, REDE GLOBO), como sempre, distorce a verdadeira notícia. Como sempre fez. Fosse no golpe militar de 1964, fosse na eleição presidencial de 1989, fosse nas matérias sobre Hugo Chávez, Evo Morales, fossem em tantas outras ocasiões. Mas Vamos aos fatos.
"José Manuel Zelaya, de 57 anos, era empresário e fazendeiro antes de se tornar presidente de Honduras. Tem 1,90 metro de altura e um visual chamativo: usa bigode, botas e chapéu de cowboy. Comunicativo, Zelaya foi eleito pelo direitista Partido Liberal, em 2005. Mas seu posicionamento político deu uma guinada espetacular para a esquerda ao longo do mandato, culminando na adesão de Honduras à Aliança Bolivariana das Américas (Alba), modelo de integração regional do presidente venezuelano, Hugo Chávez.Apesar de suas credenciais de centro-direita, Zelaya se afastou de seus tradicionais aliados, entre eles os EUA. O hondurenho se aproximou cada vez mais de Hugo Chávez e outros países da 'esquerda bolivariana', como Equador, Bolívia e Nicarágua.
Zelaya assumiu com a promessa de derrotar a pobreza e as gangues ligadas ao tráfico de drogas no país. Sem obter resultados expressivos, e cada vez mais próximo da Venezuela de Chávez, o presidente passou a sofrer mais pressão da oposição, majoritária no Congresso, na Suprema Corte e nos meios de comunicação.
Em 2007, Zelaya ordenou que todas as estações de rádio e TV de Honduras exibissem propaganda do governo durante duas horas porque, segundo ele, os meios de comunicação não lhe davam cobertura justa. Em 2008, aderiu à Alba.
Neste ano, tentou organizar um referendo para aprovar a realização de um plebiscito constitucional em Honduras, que permitiria a reeleição. Zelaya, no entanto, diz que não pretende seguir no cargo após o término do mandato.
Zelaya nasceu em 20 de setembro de 1952, em uma família de madeireiros e fazendeiros de Olancho, no oeste do país. Chegou a cursar engenharia civil, mas abandonou os estudos para se dedicar ao trabalho nas terras da família. A origem rural de Zelaya transparece em seu apego à família (tem quatro filhos), na paixão por gado e cavalos e no gosto musical.
Zelaya foi presidente de uma associação de industriais madeireiros e do conselho hondurenho de empresas privadas. Foi também diretor de um banco, mantendo-se em contato com a cúpula do empresariado de seu país. Como funcionário público, destacou-se pela atuação no Fundo de Investimento de Honduras, durante as obras de reconstrução de áreas devastadas pelo furacão Mitch (1998)."
Por essa pequena biografia de Zelaya, podemos destacar a real causa do golpe. Roberto Micheletti é um assíduo representante da burguesia Hondurenha, aliado principal do EUA no país. O golpe aconteceu justamente no momento em que Zelaya tentava começar um processo de Reforma Agrária no país (ou alguém acreditou na idéia de um golpe por causa de um referendo sobre reeleição?). Isso nos lembra alguma história ? Além disso, a posição dos EUA, ou melhor ainda, do "1º presidente negro da história da maior potência Mundial", de "discordar, mas não se meter" não nos leva à um golpe motivado por conflitos econômicos e não puramente políticos? Tal posicionamento estadunidense ateh nos assusta, uma vez q eles se posicionaram da mesma forma no golpe brasileiro em 1964, motivados pelo mesmo motivo, mas engrossaram pra cima de Fidel, Che e Cienfuegos em 1959. Em tempo, alguem reparou que os protestos pró Zelaya são compostos por pessoas humildes, descendentes de negros e indígenas, e os protestos pró-Micheletti são compostos por Brancos, loiros, burgueses ? Será que isso nos diz algo ?
Por fim, com os "pêsames" por mais uma página negra escrita na história Latino-americana, com o voto de indignação perante a mídia nacional, e com os sentimentos de anão ser esse ato o começo de uma nova onda de golpes burgueses por essas bandas. Se bem que com o Senado e o congresso do jeito que anda...

4 comentários:

Tio Bin disse...

Perfeita colocação Camarada Alisson Porém não podemos De Esquecer Que Faz um Ano mais ou menos um Anopo empresas Descobriram Que Honduras Há Muito petroleo E Que Na nova constituição Colocava Que Todas As Riquezas naturais pertenceriam Ao estado , ou Seja mais um perfeito motivo para A Elite Estadunidense Querer Derrubar o Zelaya

Anônimo disse...

O artigo 239 da Constituição de Honduras diz que qualquer um que por ventura tivesse a vontade mexer na cláusula sobre a proibição de convocatória de Constituinte deveria ser imediatamente retirado do cargo. Assim Zelaya não é santo. Tanto como não são os golpistas. As coisas não podem ser maniqueistas assim. O que Zelaya queria é o mesmo que Uribe quer e o que Chavez conseguiu: perpetuação no poder. A reeleição é danosa à Democracia!

Tio Bin disse...

Qualo problema De perpetuação Do poder Desde Que Com Apoio Do povo E com eleções num Vejo o minimo problema

Anônimo disse...

Sim, concordo com isso. O poder emana do povo, tanto que quando qualquer um fala: "Na Venezuela o povo protesta..." Protesta? Eles referendaram Chavez inumeras vezes, agora que o aguentem. Só acho que em Democracias tão novas é cedo demais pra pensar nisso. Mas se o povo quer, assim seja. Os irmãos Castro continuam firmes.