quinta-feira, 28 de maio de 2009
O Petróleo É Nosso
Eu geralmente sou a favor das CPI’s, mesmo achando que não irão encontrar nada, afinal quem não deve não teme, mas essa em cima da Petrobrás é a única que sou contra. Essa CPI é ridícula, pois será feita pelos “desestatizadores” tucanos,
está claro que ela está sendo criada apenas para tentar desmoralizar a Petrobrás, enfraquecê-la assim como enfraquecer o governo, fazendo com que ele não mude a lei do entreguista FHC, do qual diz que o petróleo é de quem o explora e não do estado e que o mesmo só tem direito de 10% a 40% (a média mundial é 84% e dos países que participam da OPEP é de 90%) favorecendo os cartéis das sete irmãs, além de desconsiderar o favorecimento justo á Petrobras afinal foi ela quem descobriu o pré-sal.
Os tucanos acusam a Petrobrás de sonegação e a PIG já aumenta falando que a receita questionou a empresa. Em primeiro lugar a receita não reclamou nada, até porque se tivesse vindo a reclamar seria punida, pois é crime. E segundo o que ocorreu foi que a Petrobrás escolheu pagar pela forma de caixa e não mais como competência, essa escolha pode ser feita por qualquer empresa seja ela qual for, a união não perde, ela recebe conforme o cambio da época em que for pago, além do que se houvesse algum problema seria preciso apenas acionar o tribunal de contas da união para esclarecimentos, algo simples e não espalhafatoso como uma CPI, se ocorrer uma CPI tem de ser da “Petrobrax” ou para investigar as razões pelas quais afundou plataforma P-36, a maior plataforma de petróleo da Petrobrás, da qual se gastou 350 milhões, além do estranho fato de terem morrido 11 pessoas sendo todos funcionários da Petrobrás, nenhum terceirizado. Depois das multinacionais terem 90 % do poder das reservas do mundo elas só tem 3% as sete irmãs se fundiram entre si e hoje são 4 e os tucanos querem ajudá-las de qualquer jeito. Caso ainda duvida irei relatar o esforço de FHC para privatizar a Petrobrás, e assim ajudar esses lobistas.
Ele começou cedo, em 1993 ainda ministro do governo Itamar quando cortou 52% do orçamento da estatal do qual ele atrasou em 6 meses o planejamento da Petrobrás.
Em 1994, ainda ministro deu aumentos mensais de 8% a baixo da inflação e para os cartéis 32% acima, e outro problema da época foi que com aquela inflação exorbitante a Petrobrás comprava derivados em dólares e revendia aos cartéis que pagavam de 30 a 50 dias depois. Em 1995 no primeiro ano como presidente proibiu funcionários das estatais de irem ao congresso, deixando os parlamentares sem informações corretas do que ocorria (na época do Itamar iam 15 semanalmente) suspendeu 15 projetos de hidrelétricas (que poderiam ter evitado o “apagão”) e fez o pior contrato da Petrobrás, que foi o gasoduto Bolívia-Brasil, para o projeto, deixamos de investir na bacia de Campos que tinha um retorno de 78% (contra 10 do gasoduto) assim tivemos uma mudança da matriz energética para pior, mais suja, e ficamos dependentes de insumo externo, dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte e a Bolívia então, só recebia 18% pela sua principal riqueza (Evo aumentou para 80%, a média é 84%) Ainda em 95 FHC cancelou um acordo de aumento dos petroleiros de 13% simplesmente para enfraquecer o sindicalismo que sempre foi uma das grandes forças contra os “vende-patria”, ele alegou que o presidente da Petrobrás não tinha assinado, porém essa proposta tinha sido lançada justamente pelo presidente da empresa, e se não foi assinada por ele, foi pelo seu representante e pelos ministros Delcídio Amaral (Minas e Energia) e o Ciro Gomes (Fazenda) e depois disso reprimiu os petroleiros até com o exército, eles acabaram perdendo até o seu aumento enquanto as distribuidoras ganharam um aumento de 28% .No mesmo ano, FHC comandou cinco mudanças institucionais. Existia o conceito de empresa nacional de capital nacional que poderiam explorar o território com toda ação de uma companhia e tinha a empresa nacional de capital estrangeiro que poderia ter apenas 49% de ações de uma companhia de exploração FHC acabou com esse conceito transformando todas em empresas nacionais permitindo que o capital estrangeiro possa ser de até 100% do capital dessas companhias, isso permitiu, por exemplo, que a Vale do Rio Doce fosse vendida (ela detinha direitos minerários de us$ 3 trilhões e foi vendia por menos de 0,1% desse valor), quebrou o monopólio da navegação de cabotagem isso permitiu que navios estrangeiros circulassem por rios nacionais com minérios sem o mínimo controle, quebrou o monopólio das telecomunicações, assim pôde vender a Telebrás por um preço menos da metade do gasto em melhorias nos últimos 3
anos,quebrou o monopólio do gás canalizado, abrindo o gás para os estrangeiros, os quais chegaram a vender a Comgás, sem permitir que a Petrobrás participasse do leilão, além de abri o gasoduto Bolívia-Brasil para a Comgás e Eron pagarem menos que a Petrobrás, quebrou o monopólio estatal do petróleo, que permitiu que empresas estrangeiras explorassem o petróleo nacional. Em 1997 Fernando Henrique criou a Agência Nacional do Petróleo e nomeou o genro, David Zylberstajn, que como secretário de minas e energia do estado de São Paulo já havia vendido a Eletropaulo por um preço irrisório aos estadunidenses da AES que pegaram empréstimo com o BNDES e não pagaram, e lembrando, o BNDES é composto de 50% de dinheiro do FAT, e depois dessa privatização a AES demitiu 30% dos funcionários da antiga Eletropaulo e pior, com o dinheiro do BNDES que pega recursos do FAT.
Zylberstajn já na sua posse, soltou: "o petróleo é vosso" e leiloou blocos licitados
e permitiu á Petrobrás apenas 10% desse território com a possível ocorrência de hidrocarbonetos, e depois retomou 30% desses blocos da Petrobrás, fora que a Petrobrás tinha o prazo de cinco anos contra oito das multinacionais para a exploração. Em 1998 a Petrobras é impedida pelo governo FHC de obter empréstimos no exterior para tocar seus projetos, além do fato de que o calhorda cria o Repetro, que consiste em liberar as empresas gringas de pagarem impostos sobre produtos importados, enquanto a Petrobrás era obrigada a pagar (dando continuidade a política de Collor, que ao abrir o mercado nacional, quebrou muitas empresas nacionais, cerca de 5000 que forneciam material para a Petrobrás, que ocasionou muitos desempregos) no mesmo ano seis multinacionais se postaram no mesmo prédio da Petrobrás para arreganhar seus arquivos com a desculpa esfarrapada de que se tratava de uma avaliação dos dados técnicos.
Em 1999, muda-se o estatuto da Petrobrás com três finalidades, permitir que estrangeiros possam ser presidentes da empresa (Philippe Reichstul) permitir a venda de ações para estrangeiros e retirar os diretores da empresa do conselho de administração, então começa a péssima gestão de Reichstul, ele já começou cancelando um contrato com a Marítima de seis plataformas além de salvar a Marítima, ela ainda se viu no luxo de processar a Petrobrás em 2 bilhões,depois vendeu 36% do capital da Petrobrás por míseros 5 bilhões, hoje o governo tem 54% do capital votante, mas apenas 40% do capital (antes era 87)Reichstul dobrou o salário dos executivos e aumentou os números dando-lhe liberdades para fazerem suas falcatruas e para ele fazer as dele, acabando com a ótima equipe anterior e começando as grandes cagadas da empresa, como compra de ativos obsoletos, os gerentes terceirizam tudo dando preferêcia a amigos e parentes, o numero de terceirizados chega a 120.000 contra 30.000 de efetivos e para privatizá-la, tentar mudar o nome para Petrobrax, começa com políticas de boicote para fazer a imagem de uma Petrobrás fraca e que dá prejuízo para poder vendê-la, como o governo federal já tinha feito com outras. Para se ter idéia, houve 62 acidentes em 2 anos contra 17 em 23 anos, o gozado é que depois os acidentes pararam. Em 2002 assume Francisco Gros, ex-diretor da Morgan Stanley, que pra começar já declara em Houston “a Petrobrás passará de estatal para empresa privada, totalmente desnacionalizada”, depois compra duas plataformas com a Halliburton da qual não teve concorrência, emprego de mão de obra estrangeira e dois atrasos de um ano e meio, trazendo pela primeira vez na historia queda de produção e o pior, a Halliburton não pagou multa, ainda ganhou um adicional de 500 milhões e por ultimo, antes da posse de Lula foram refeitos contratos para manter algumas pessoas em certos cargos.
Esse é o histórico da Petrobrás no governo Fernando Henrique.
Caso haja uma CPI, deve ser deste período, onde ele fez de tudo para acabar com a Petrobras e vendê-la.
E por mais que esses tucanos entreguistas queiram, não adianta, o petróleo é nosso como na campanha de 1946 do centro de estudos e defesa do petróleo do governo Vargas. O estatuto deve voltar a ser como era antes de FHC, não podemos deixar o pré-sal na mão dos estrangeiros, o petróleo é uma fonte de energia não renovável e extremamente estratégica para qualquer nação e principalmente, quando se tem uma grande fonte a ser explorada como o pré-sal.
O petróleo é nosso!!!
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bjkas
mamys
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