quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O Trio Parada Dura
Calma leitores, não falarei aqui do trio mineiro que fez grande sucesso no Brasil, mas sim de um trio que pega pesado, e para o bem do seu povo! Uma trio parada dura, que é formado pelos chefes de Estado: Hugo Chavez - da Venezuela, Evo Morales - da Bolívia, e Rafael Corrêa - do Equador. Esse trio não dá moleza às corporações e seus sistemas financeiros, muitos menos à política imperialista estadunidense. E em seguida, citarei alguns confrontos desse trio.
A Odebrecht pensou que o trio latino era moleza, e se deu mal! Ao contrário de Serra – que no caso do acidente da construção da linha amarela, não reagiu, mesmo sabendo que a culpa foi da Odebrecht. - Corrêa obrigou a empresa a pagar uma multa violenta e também os expulsou do Equador por más condições de suas obras. Chavez também os multou por sonegação de impostos.
A Repsol e a Petrobrás se aproveitaram e fizeram contratos abusivos de extração de gás na Bolívia, e de petróleo no Equador, quando Evo e Corrêa ainda não tinham assumido mandato. Assim que assumiram o governo, os dois membros do Trio cobraram respostas de ambas empresas. A Petrobrás reconheceu os erros e renegociou, já a Repsol não apresentou nenhuma resposta e como conseqüência, teve suas atividades encerradas. Quem muito quer, nada tem!
E dessa forma, o trio mantém os países soberanos e fortes como nunca! Correa retirou a base Americana de Manta do Equador, Evo expulsou a DEA da Bolívia, deixando Estadunidenses malucos da vida. E, além disso, o Chavez fechou por alguns dias os McCâncer’s, alegando sonegação de impostos.
Eles já passaram poucas e boas com o Governo Estadunidense, já sofreram abusos demais por parte desse governo antidemocrata. Chavez chegou a sofrer o golpe apoiado por um canal de TV sujo e porco e pelo Governo Estadunidense. Posteriormente, o Governo Venezuelano retirou - e com razão, baseado na lei - a concessão da TV. Tal lei recebeu um adjetivo um tanto pejorativo da PIG (Partido da Imprensa Golpista) e da falsa esquerda (PSTU E outros lacaios), foi chamada de ditatorial. Mas se realmente eles tivessem razão, Chavez não teria nem permitido a existência desta TV.
E Evo Morales sofreu uma tentativa de impeachment e até de um separatismo do país, feito por quatro governadores das províncias ricas e, é claro, apoiado pelo governo Estadunidense. Devido ao fato, Evo expulsou o embaixador estadunidense de seu país. Em Represália o Governo Americano expulsou o embaixador boliviano. Chavez, em contraponto, colocou o embaixador estadunidense em seu lugar, isto é, o expulsou! E não é a primeira vez que Chavez defende um membro do Trio, ele também defendeu e esteve ao lado de Correa quando a Colômbia e seu presidente Uribe (marionete do Governo Estadunidense), invadiram o Equador com desculpas esfarrapadas, sem nenhuma razão concreta e cabível. E o Trio afronta o Governo Estadunidense sem medo, ao contrário, com muita bravura!
Em um congresso onde Chavez foi discursar, Bush tinha acabado de concluir seu discurso ali, e Chavez, expressando repulsa, disse que o local cheirava a enxofre, fazendo analogia de Bush com uma figura bem cabível a ele, o diabo! Vale lembrá-los também dos encontros de Chavez com Fidel Castro, Daniel Ortega, com Saddam Hussein - ainda em vida - e com Mahmoud Ahmadinejad, estreitando laços antiimperialistas. E há pouco tempo, Chavez realizou um ato ainda mais significativo: instalou bases Russas na Venezuela.
Além de não aceitarem a ALCA (emociono-me ao lembrar da voz de Chavez gritando: ALCA, ALCA, ALCARAJO!). A ALCA era uma prática de comércio comum entre os países da América, com exceção de Cuba. O Trio, assim como O Trio Parada Dura brasileiro, contou com a ajuda de uma dupla: Kirchner e Lula, que ajudaram a derrubar a ALCA, e fizeram o fantástico projeto da ALBA. A ALBA tem o mesmo intuito da ALCA, mas ao invés de excluir Cuba, excluiu os Estados Unidos.
Além de projetos voltados à população de seus respectivos países, melhoria completa da educação, dentre outras coisas, o Trio conta com o total apoio de seu povo. Se continuarem agindo e governando como fazem, serão heróis latinos e subirão ao nível de Fidel Castro, Pancho Villa, Zapata, Sandina, Bolivar, San Martin, Che Guevara, subcomandante Marco, Cienfuegos, e tantos outros heróis.
Espero que esse Trio Parada Dura seja como o Trio Mineiro: que não tenha apenas essa formação, mas que venham outros e os substituam com a mesma competência, pois a América necessita de mais líderes como eles.
Esse Trio é parada dura mesmo! Não irão se vender facilmente aos porcos Estadunidenses! Eles priorizam e cumprem um velho ditado latino-americano: "Sí, se puede". A América não depende dos Estados Unidos, é como Che dizia: “Hay de endurecer sin perder la ternura".
E viva a América livre!!!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
MP443
Primeiramente, gostaria de frizar o quanto é importante a MP 443.
Em um momento de crise, o governo brasileiro está respondendo muito melhor a ela, do que o governo estadunidense ou o europeu. O Estado não deve alimentar esses banqueiros sanguessugas. Muito melhor que dar dinheiro aos banqueiros para se proteger das verdadeiras chantagens do mercado, é a MP 443. Para quem não sabe, a MP 443, é uma medida provisória que consiste em uma autorização do Governo em liberar o BB (Banco Do Brasil), e a CEF (Caixa Econômica Federal) para comprar bancos.
O Governo Federal deve ter o máximo de controle financeiro possível, principalmente nesse momento de crise. Infelizmente, o Governo Estadunidense e o Europeu, estão fornecendo dinheiro aos bancos, e foram os mesmos que levaram o mundo a essa crise em que nos encontramos. E tem mais, o Governo também tenta criar a CEFpar apenas para comprar ações de imobiliárias com dificuldades financeiras. Outra medida utilizada para a Economia não cair, e manter-se em alta e manter a Construção Civil.
Bem, agora só falta o Banco Central abaixar os juros não é Henrique Meirelles? O Brasil está em um bom momento. Estamos criando independência do mercado internacional, mas o BC não ajuda em nada. Outra coisa que o governo tentou fazer para ajudar foi liberar créditos para que os bancos realizassem empréstimos. Mas como os bancos são totalmente egoístas e antipatrioticos, não resultou em nada, pois os bancos usam esse crédito para comprar dívidas públicas. Vamos ver se a oposição aprova essas medidas importantes para o país neste momento. E se não ficarmos sem poderes como foi no Proer do FHC, que deixou o Estado sem controle do sistema financeiro e acabou com os bancos nacionais, comprados por estrangeiros.
Falando em Henrique Meirelles, como o Banco Central permite a junção do Itaú e Unibanco? (Junção não, abuso do Itaú perante o Unibanco). É um grande monopólio. Agora Só Temos quatro grandes bancos privados, sendo dois deles estrangeiros. Isso só facilita o cartel dos bancos, que irão explorar cada vez mais o povo. Além do desemprego futuro, que diminui a concorrência. E tem uns idiotas que falam que tudo isso é pra ter um grande Banco no País com concorrência perante aos bancos mundiais. O Itaú tem agora tem 324 bilhões, contra 1 trilhão e 378 bilhões do Jpmorgan-Chase, o Bank of America, e o Citibank tem pelo menos 4 vezes mais o valor do Itaú. Ou seja, isso não existe! Não tem como concorrer mundialmente! Isso é só para explorar países menores, inclusive o próprio Brasil. Não falando que tanto o Itaú, como o Unibanco, já tinham muitas ações na mão do mercado exterior. Quanto maior a concentração, menor for à concorrência, mais poder eles terão. Eles aumentarão os juros, até quanto eles quiserem. E o Meirelles, na maior cara de peroba, vem me dizer que isso fortalece a economia nacional. Aonde cara pálida?
Para todo bom entendedor...
Sabemos que uma economia tem que estar forte, tem que estar na mão do Estado e não na mão desses especuladores, que querem ganhar dinheiro. Sem produzir um mísero grão de arroz. Pois só o sistema estatizado não irá cobrar juros irreais aos empresários. Ajudará na produção e consumo, e não no dinheiro imaginário. Um sistema que pense na população, e não vise apenas o lucro. O lucro da Estatal é o bem da população é um raciocínio diferente.
Foto do Meirelles após falarem de abaixar os juros
Isso só dará força aos bancos para aumentarem os juros. Mas parece que é isto que você quer não é Meirelles?
Em um momento de crise, o governo brasileiro está respondendo muito melhor a ela, do que o governo estadunidense ou o europeu. O Estado não deve alimentar esses banqueiros sanguessugas. Muito melhor que dar dinheiro aos banqueiros para se proteger das verdadeiras chantagens do mercado, é a MP 443. Para quem não sabe, a MP 443, é uma medida provisória que consiste em uma autorização do Governo em liberar o BB (Banco Do Brasil), e a CEF (Caixa Econômica Federal) para comprar bancos.
O Governo Federal deve ter o máximo de controle financeiro possível, principalmente nesse momento de crise. Infelizmente, o Governo Estadunidense e o Europeu, estão fornecendo dinheiro aos bancos, e foram os mesmos que levaram o mundo a essa crise em que nos encontramos. E tem mais, o Governo também tenta criar a CEFpar apenas para comprar ações de imobiliárias com dificuldades financeiras. Outra medida utilizada para a Economia não cair, e manter-se em alta e manter a Construção Civil.
Bem, agora só falta o Banco Central abaixar os juros não é Henrique Meirelles? O Brasil está em um bom momento. Estamos criando independência do mercado internacional, mas o BC não ajuda em nada. Outra coisa que o governo tentou fazer para ajudar foi liberar créditos para que os bancos realizassem empréstimos. Mas como os bancos são totalmente egoístas e antipatrioticos, não resultou em nada, pois os bancos usam esse crédito para comprar dívidas públicas. Vamos ver se a oposição aprova essas medidas importantes para o país neste momento. E se não ficarmos sem poderes como foi no Proer do FHC, que deixou o Estado sem controle do sistema financeiro e acabou com os bancos nacionais, comprados por estrangeiros.
Falando em Henrique Meirelles, como o Banco Central permite a junção do Itaú e Unibanco? (Junção não, abuso do Itaú perante o Unibanco). É um grande monopólio. Agora Só Temos quatro grandes bancos privados, sendo dois deles estrangeiros. Isso só facilita o cartel dos bancos, que irão explorar cada vez mais o povo. Além do desemprego futuro, que diminui a concorrência. E tem uns idiotas que falam que tudo isso é pra ter um grande Banco no País com concorrência perante aos bancos mundiais. O Itaú tem agora tem 324 bilhões, contra 1 trilhão e 378 bilhões do Jpmorgan-Chase, o Bank of America, e o Citibank tem pelo menos 4 vezes mais o valor do Itaú. Ou seja, isso não existe! Não tem como concorrer mundialmente! Isso é só para explorar países menores, inclusive o próprio Brasil. Não falando que tanto o Itaú, como o Unibanco, já tinham muitas ações na mão do mercado exterior. Quanto maior a concentração, menor for à concorrência, mais poder eles terão. Eles aumentarão os juros, até quanto eles quiserem. E o Meirelles, na maior cara de peroba, vem me dizer que isso fortalece a economia nacional. Aonde cara pálida?
Para todo bom entendedor...
Sabemos que uma economia tem que estar forte, tem que estar na mão do Estado e não na mão desses especuladores, que querem ganhar dinheiro. Sem produzir um mísero grão de arroz. Pois só o sistema estatizado não irá cobrar juros irreais aos empresários. Ajudará na produção e consumo, e não no dinheiro imaginário. Um sistema que pense na população, e não vise apenas o lucro. O lucro da Estatal é o bem da população é um raciocínio diferente.
Foto do Meirelles após falarem de abaixar os juros
Isso só dará força aos bancos para aumentarem os juros. Mas parece que é isto que você quer não é Meirelles?
A CAIXA DE PANDORA SOVIÉTICA PARTE II
Dando continuidade ao texto da semana passada, em que escrevi um pouco sobre a característica móvel das fronteiras russas, a diversidade étnica e cultural do país e a formação do Império russo no fim da Idade Média. Estas São informações importantes para entender a visão de mundo que os soviéticos herdaram do Império Russo e a influencia que isso teve na formação e desenvolvimento da URSS.
O nascimento do Estado russo remota ao século IX, com tudo a formação do Império Russo se deu apenas no século XV. Ao contrário do que se observou no Ocidente, na Rússia a estrutura política produziu a sociedade, o Estado Russo á forjava de acordo com seus interesses, A Igreja Ortodoxa, por exemplo nunca conheceu as regalias que a Igreja Católica tinha na Europa Ocidental, na Rússia a Igreja sempre esteve submissa ao Tzar.
O Estado absolutista russo teve seu auge nos reinados de Pedro o Grande e Catarina II.
Pedro O Grande foi o grande modernizador da Rússia. Obteve uma importantíssima vitória militar na região do báltico garantindo para a Rússia uma saída para um mar navegável, já que o mar do norte fica a maior parte do ano congelado impossibilitando a navegação. Foi uma tentativa de inserir a Rússia no progresso econômico do Ocidente. Nessa região foi fundada uma fortaleza que daria origem à cidade de São Petersburgo.
Pedro o Grande ordenou a ida de arquitetos, engenheiros e pintores, principalmente franceses e italianos, pois pretendia que a cidade fosse também a nova Capital do Império.
São Petersburgo seria dali em diante o palco dos principais acontecimentos políticos do Império Russo, Foi em São Petersburgo quase duzentos anos após a morte de Pedro que surgiriam os distúrbios que derrubariam o Tzar Nicolau.
Sob o governo de Catarina II vieram novas conquistas territoriais e seguiram-se os avanços econômicos, o Império já era uma potencia mundial. Porem apesar de todas as reformas no sentido de europeizar o império, as estruturas sociais permaneciam arcaicas. No final do século XIX e inicio do século XX o regime tzarista estava decadente e o país ainda mantinha inúmeras características de um regime feudal, embora tentasse a todo custo industrializar-se.
Isso deu origem a uma classe de trabalhadores urbanos que passaram a se reunir em sindicatos, era um período de efervescência revolucionária e a guerra com o Império Japonês (1904-1905) foi o estopim de uma manifestação que acabaria sendo reprimida violentamente ficando conhecida como “domingo sangrento”.
Os opositores ao regime haviam se dividido basicamente em dois grupos Bolsheviques (do russo maioria) e mencheviques (minoria).
O menheviques defendiam idéias reformistas visando transformar a Rússia em um país moderno de características liberais.
Os bolsheviques liderados por Lênin queriam a total ruptura com o sistema vigente e a imediata implantação da ditadura do proletariado.
O domingo sangrento foi seguido de uma onda de protestos por todo o império, greves gerais e revoltas militares como a do Encouraçado Potequin no mar negro.
A agitação revolucionaria impulsionava a formação dos Sovietes (conselhos de trabalhadores) ao mesmo tempo que o Tzar aceita a implantação da Duma (parlamento)
1917
A Rússia era um país miserável no inicio do século XX, todos os tipos imagináveis de desgraças sócias se abatiam sobre um país extremamente arcaico, o frio e a fome e doenças dizimavam a população, no exterior as forças russas conheciam derrota atrás de derrota no teatro de operações europeu da I guerra mundial. Boa parte do território encontrava-se ocupado pelos alemães e as então regiões do império: Finlândia, Estônia, Bessarábia e Ucrânia proclamavam independência.
Em Fevereiro de 1917 o Tzar foi deposto e substituído pela Duma presidida pelos mencheviques, porém comprometidos com as potencias aliadas que representavam os principais investimentos capitalistas no país o governo parlamentar menchevique (grupo do qual Leon Trotsky havia participado) manteve o país na Guerra atendendo aos interesses dos Bancos europeus que tinham altas quantias investidas na Rússia e temiam as perdas destes investimentos caso os bolsheviques subissem ao poder.
Lênin buscou apoio internacional, especialmente da Alemanha (parte interessada em que a Rússia se retirasse da Guerra) enquanto isso Trotsky organizava a milícia (Guarda Vermelha)
Outubro de 1917, os Bolsheviques tomam o poder.
Após um rápido avanço a guarda vermelha destitui os mencheviques e sob a liderança de Vladmir Lenin a Rússia se retira da guerra, Trotsky cuida dos assuntos externos e Josef Stalin dos negócios Internos.
A Guerra Civil.
O novo governo comunista além de enfrentar a resistência interna (Os chamados Brancos) tinha um desafio ainda maior, pois haviam acabado de assinar a paz com a Alemanha e via suas fronteiras invadidas pelas potencias aliadas da I Guerra, japoneses nas fronteiras orientais, ingleses a oeste e americanos na Sibéria, foram por volta de 14 países que tentaram sem êxito esmagar a Rússia de Lênin. Este episódio marcaria profundamente a maneira com que a futura União Soviética se relacionaria com o Ocidente.
O governo de Lênin teve por base o comunismo de guerra, que confiscava a produção para financiar o esforço de guerra contra os brancos e as potencias do ocidente.
Com a vitória vermelha, Lênin estabeleceu a NEP de (nova política econômica) 1921 a 1928. Passava a caber ao Estado cerca de 10% da produção camponesa. O restante poderia ser dirigido livremente ao mercado, assim estimulando a produção e o abastecimento. Estes ingredientes capitalistas foram resumidos por Lênin com a seguinte frase: “dar um passo atrás para poder dar dois passos a frente” em 1923 é oficializado o novo nome do país “União das Repúblicas Socialistas Soviéticas”.
Acompanhada a NEP surgia uma enorme organização estatal, o estado passou de 600 mil funcionários em 1910 a cerca de 4 milhões em 1928. Surgiriam as policias políticas a “tcheka” e posteriormente a “GPU”, toda essa imensa organização que surgia ligava-se umbilicalmente ao partido comunista (centralismo Leninista) que seria seguido e adaptado por Stalin.
A morte de Lênin em 1924 precipitou uma disputa pelo poder soviético entre Josef Stalin (continuador das políticas leninistas e impulsionador do marxismo na URSS) e Leon Trotsky (oportunista ex menchevique).
No governo de Stalin a União Soviética conheceu um desenvolvimento vertiginoso, foram implantados os planos qüinqüenais (planos de metas) encerrou-se a NEP (já não era mais necessária) e deu-se um grande salto econômico baseado na industria pesada, A Rússia que na época do Tzar era uma sociedade praticamente feudal alcançaria em menos de 20 anos após a revolução comunista o patamar de uma potência mundial rivalizando com os estados unidos, o analfabetismo foi erradicado da União Soviética, era como se um raio atravessasse o país e 200 anos se passassem em um dia, foi um avanço social e econômico sem precedentes na historia da humanidade.
Próximos conteúdos:
A disputa Stalin X Trotsky
Trotsky do exterior prega a contra-revolução e sabotagem na União Soviética
II Guerra (Grande Guerra Patriótica)
Governo Josef Stalin – Educação, Cultura, Ciência. Estado de Bem estar social. A plenitude Socialista
Gulaks – As verdades sobre as prisões da Siberianas.
1953 A morte de Stalin. O revisionismo. O começo do fim.
O nascimento do Estado russo remota ao século IX, com tudo a formação do Império Russo se deu apenas no século XV. Ao contrário do que se observou no Ocidente, na Rússia a estrutura política produziu a sociedade, o Estado Russo á forjava de acordo com seus interesses, A Igreja Ortodoxa, por exemplo nunca conheceu as regalias que a Igreja Católica tinha na Europa Ocidental, na Rússia a Igreja sempre esteve submissa ao Tzar.
O Estado absolutista russo teve seu auge nos reinados de Pedro o Grande e Catarina II.
Pedro O Grande foi o grande modernizador da Rússia. Obteve uma importantíssima vitória militar na região do báltico garantindo para a Rússia uma saída para um mar navegável, já que o mar do norte fica a maior parte do ano congelado impossibilitando a navegação. Foi uma tentativa de inserir a Rússia no progresso econômico do Ocidente. Nessa região foi fundada uma fortaleza que daria origem à cidade de São Petersburgo.
Pedro o Grande ordenou a ida de arquitetos, engenheiros e pintores, principalmente franceses e italianos, pois pretendia que a cidade fosse também a nova Capital do Império.
São Petersburgo seria dali em diante o palco dos principais acontecimentos políticos do Império Russo, Foi em São Petersburgo quase duzentos anos após a morte de Pedro que surgiriam os distúrbios que derrubariam o Tzar Nicolau.
Sob o governo de Catarina II vieram novas conquistas territoriais e seguiram-se os avanços econômicos, o Império já era uma potencia mundial. Porem apesar de todas as reformas no sentido de europeizar o império, as estruturas sociais permaneciam arcaicas. No final do século XIX e inicio do século XX o regime tzarista estava decadente e o país ainda mantinha inúmeras características de um regime feudal, embora tentasse a todo custo industrializar-se.
Isso deu origem a uma classe de trabalhadores urbanos que passaram a se reunir em sindicatos, era um período de efervescência revolucionária e a guerra com o Império Japonês (1904-1905) foi o estopim de uma manifestação que acabaria sendo reprimida violentamente ficando conhecida como “domingo sangrento”.
Os opositores ao regime haviam se dividido basicamente em dois grupos Bolsheviques (do russo maioria) e mencheviques (minoria).
O menheviques defendiam idéias reformistas visando transformar a Rússia em um país moderno de características liberais.
Os bolsheviques liderados por Lênin queriam a total ruptura com o sistema vigente e a imediata implantação da ditadura do proletariado.
O domingo sangrento foi seguido de uma onda de protestos por todo o império, greves gerais e revoltas militares como a do Encouraçado Potequin no mar negro.
A agitação revolucionaria impulsionava a formação dos Sovietes (conselhos de trabalhadores) ao mesmo tempo que o Tzar aceita a implantação da Duma (parlamento)
1917
A Rússia era um país miserável no inicio do século XX, todos os tipos imagináveis de desgraças sócias se abatiam sobre um país extremamente arcaico, o frio e a fome e doenças dizimavam a população, no exterior as forças russas conheciam derrota atrás de derrota no teatro de operações europeu da I guerra mundial. Boa parte do território encontrava-se ocupado pelos alemães e as então regiões do império: Finlândia, Estônia, Bessarábia e Ucrânia proclamavam independência.
Em Fevereiro de 1917 o Tzar foi deposto e substituído pela Duma presidida pelos mencheviques, porém comprometidos com as potencias aliadas que representavam os principais investimentos capitalistas no país o governo parlamentar menchevique (grupo do qual Leon Trotsky havia participado) manteve o país na Guerra atendendo aos interesses dos Bancos europeus que tinham altas quantias investidas na Rússia e temiam as perdas destes investimentos caso os bolsheviques subissem ao poder.
Lênin buscou apoio internacional, especialmente da Alemanha (parte interessada em que a Rússia se retirasse da Guerra) enquanto isso Trotsky organizava a milícia (Guarda Vermelha)
Outubro de 1917, os Bolsheviques tomam o poder.
Após um rápido avanço a guarda vermelha destitui os mencheviques e sob a liderança de Vladmir Lenin a Rússia se retira da guerra, Trotsky cuida dos assuntos externos e Josef Stalin dos negócios Internos.
A Guerra Civil.
O novo governo comunista além de enfrentar a resistência interna (Os chamados Brancos) tinha um desafio ainda maior, pois haviam acabado de assinar a paz com a Alemanha e via suas fronteiras invadidas pelas potencias aliadas da I Guerra, japoneses nas fronteiras orientais, ingleses a oeste e americanos na Sibéria, foram por volta de 14 países que tentaram sem êxito esmagar a Rússia de Lênin. Este episódio marcaria profundamente a maneira com que a futura União Soviética se relacionaria com o Ocidente.
O governo de Lênin teve por base o comunismo de guerra, que confiscava a produção para financiar o esforço de guerra contra os brancos e as potencias do ocidente.
Com a vitória vermelha, Lênin estabeleceu a NEP de (nova política econômica) 1921 a 1928. Passava a caber ao Estado cerca de 10% da produção camponesa. O restante poderia ser dirigido livremente ao mercado, assim estimulando a produção e o abastecimento. Estes ingredientes capitalistas foram resumidos por Lênin com a seguinte frase: “dar um passo atrás para poder dar dois passos a frente” em 1923 é oficializado o novo nome do país “União das Repúblicas Socialistas Soviéticas”.
Acompanhada a NEP surgia uma enorme organização estatal, o estado passou de 600 mil funcionários em 1910 a cerca de 4 milhões em 1928. Surgiriam as policias políticas a “tcheka” e posteriormente a “GPU”, toda essa imensa organização que surgia ligava-se umbilicalmente ao partido comunista (centralismo Leninista) que seria seguido e adaptado por Stalin.
A morte de Lênin em 1924 precipitou uma disputa pelo poder soviético entre Josef Stalin (continuador das políticas leninistas e impulsionador do marxismo na URSS) e Leon Trotsky (oportunista ex menchevique).
No governo de Stalin a União Soviética conheceu um desenvolvimento vertiginoso, foram implantados os planos qüinqüenais (planos de metas) encerrou-se a NEP (já não era mais necessária) e deu-se um grande salto econômico baseado na industria pesada, A Rússia que na época do Tzar era uma sociedade praticamente feudal alcançaria em menos de 20 anos após a revolução comunista o patamar de uma potência mundial rivalizando com os estados unidos, o analfabetismo foi erradicado da União Soviética, era como se um raio atravessasse o país e 200 anos se passassem em um dia, foi um avanço social e econômico sem precedentes na historia da humanidade.
Próximos conteúdos:
A disputa Stalin X Trotsky
Trotsky do exterior prega a contra-revolução e sabotagem na União Soviética
II Guerra (Grande Guerra Patriótica)
Governo Josef Stalin – Educação, Cultura, Ciência. Estado de Bem estar social. A plenitude Socialista
Gulaks – As verdades sobre as prisões da Siberianas.
1953 A morte de Stalin. O revisionismo. O começo do fim.
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